A homofobia no Brasil: Do preconceito à falta de políticas públicas inclusivas

A homofobia no Brasil: Do preconceito à falta de políticas públicas inclusivas

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos [...] sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, de sexo [...]"

 

A LGBTfobia é um problema grave que afeta a população LGBTQIAP+ em muitos países, incluindo o Brasil. Embora seja difícil obter dados precisos sobre devido à subnotificação e à falta de estatísticas oficiais abrangentes, existem estudos e relatórios que fornecem algumas informações sobre a situação no país.

 

De acordo com levantamentos realizados por organizações de direitos humanos e de defesa dos direitos LGBTQIAP+, como o Grupo Gay da Bahia (GGB), revelou que o Brasil registrou o maior número de homicídios de pessoas da comunidade no mundo em 2019, com 329 casos documentados.

 

Além disso, a violência contra a população LGBTQIAP+ no Brasil é frequentemente marcada pela crueldade extrema, incluindo agressões físicas, torturas e assassinatos motivados por ódio, sendo a população trans e travesti os maiores alvos de ataques violentos.

 

A discriminação também se manifesta em outros aspectos da vida cotidiana, através de dificuldades no acesso a serviços básicos, como saúde, educação e, principalmente, emprego.

 

Para muitas pessoas LGBTQIAP+ o ambiente de trabalho não é um espaço seguro. É um local onde não se pode falar abertamente sobre algo que faz parte da sua vida como, por exemplo, sua orientação sexual, identidade de gênero ou sobre os relacionamentos que têm.

 

38% - Das empresas brasileiras afirmam possuir restrições para contratar pessoas da comunidade LGBTQIAP+.

 

33% - Das empresas dizem que não contratariam pessoas LGBTQIA+ para cargos de chefia e/ou direção.

 

No Brasil, 41% dos funcionários LGBTQIAP+ afirmam já ter sofrido algum tipo de discriminação no trabalho.

 

Enquanto 61% dos funcionários 'preferem' esconder sua orientação sexual por receio de represálias e possíveis demissões.

 

E, ao contrário do que se pensa o senso comum, estima-se que empresas com times executivos com diversidade de gênero sejam até 33% mais lucrativas que suas concorrentes.

 

Embora a situação no país tenha progredido, especialmente após as decisões do Supremo Tribunal Federal de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, em 2011, e a criminalização da homofobia, em 2019, a realidade enfrentada pela comunidade LGBTQIAP+ ainda é desafiadora.

 

Assim, é necessário um esforço contínuo para combater a homofobia, promover a igualdade de direitos e garantir a segurança e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente da orientação sexual ou identidade de gênero.

 

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